Suicídio, não pense nisso
Nem mesmo por brincadeira...
Um ato desses resulta
Na dor de uma vida inteira.
Por paixão, Quím afogou-se
Num poço de Guararema.
Renasceu em provação
Atolado no enfisema.
Matou-se com tiro certo
A menina Dilermanda.
Voltou em corpo doente,
Não fala, não vê nem anda.
Pôs fogo nas próprias vestes
Dona Cesária da Estiva...
Está de novo na Terra
Num corpo que é chaga viva.
Suicidou-se à formicida
Maricota da Trindade...
Voltou... Mas morreu de câncer
Aos quatro meses de idade.
Enforcou-se o Columbano
Para mostrar rebeldia...
De volta, trouxe a doença
Chamada paraplegia.
Queimou-se com gasolina
Dona Lília Dagele.
Noutro corpo sofre sarna
Lembrando fogo na pele.
Tolera com paciência
Qualquer problema ou pesar;
Não adianta morrer,
Adianta é se melhorar.
Poema de Conélio Pires
Extraído do Livro: Astronautas do Além
Seria cômico se não fosse trágico...
ResponderExcluirmas confesso que alguns risos não pude evitar, foram mais fortes que eu... haha
Bela escolha guria. até.
Um pouco trágico....mas é sobre suícidio né. Assim, quem ler este texto, vai pensar duas vezes antes de tentar um suícidio....mas é cômico mesmo, pois tudo que é trágico tem seu lado cômico.
ResponderExcluirAté mais Tati.