O tempo sempre escorrega por entre o meus dedos. Os dias, as semanas, os anos escapam sem que eu os perceba. Quando dou por mim, lá se foi a infância, quando dou por mim, já não restou nada da adolescência. E as horas se esvaem enquanto aprendo a ser adulta. E nem mesmo há tempo para assimilar as aprendizagens.
Quando eu era criança, sempre quis ter dezoito anos de idade. Na minha concepção, ter dezoito seria conquistar o grau máximo de liberdade. Com essa idade eu poderia ter um namorado.Com essa idade, eu até poderia colocar meu desajeitado corpo num vestido. Com essa idade, eu poderia assitir a todos shows, principalmente U2 e Simple Red, Rolling Stones...
Num piscar de olhos, fiz dezoito anos. Foi então que descobri o quanto ainda era infantil para namorar. Eu ainda não gostava de usar vestidos, parecia desajeitada demais dentro deles. Eu tinha vontade de assistir a vários shows. Fazer dezoito não me pareceu em nada com o que eu imaginava. Não foi o máximo.
Quanto à liberdade, quem inventou que ela existe? Eu sabia o que eu queria: Avançar no tempo. Ir para a aeronáutica para ser piloto de caças. E ser logo adulta. Assim eu seria realmente independente.
A melhor coisa em ser adulta? Descobrir que não existe independência porque o tempo é eterno. E o tempo aprisiona. A independência é uma decisão, um estado de espírito. A liberdade, como a concebemos, é uma ilusão, pois não é possível. Sempre seremos ligados à natureza ao redor. Depois do cordão umbilical, os pulmões...Depois dos pais, os filhos...Depois do terreno, o espiritual... Ter liberdade é compreender a perene dependência entre os seres e os tempos e aceitá-la.
Ainda me sinto infantil(sou egoísta) num relacionamento, mas já me sinto mais a vontade dentro de um vestido.
Será preciso romper a dependência com a minha infância e adolescência? Será possível rompê-la? Como cortar uma planta pela raiz e, ainda assim, mantê-la inteira? Agora, nesse corpo e nesse tempo adulto, rememoro a infância e adolescência e percebo que elas ainda estão em mim. Sou uma mistura. Sou uma criança, adolescente, adulta e já um pouco velha.
O tempo sempre escorrega por entre os meus dedos quando tento compreendê-lo. Os dias, as semanas, os anos escpam quando não percebo que estão todos aqui, em mim, simultaneamente. Quando dou por mim, aqui está a infância; quando dou por mim, ainda sou uma adolescente. E enquanto aprendo a ser adula, vou assimilando que alguém inventou dividir a vida em fases. Mas no fundo somos, ao mesmo tempo, tudo o que fomos, o que somos e o que seremos.
Quando eu era criança, sempre quis ter dezoito anos de idade. Na minha concepção, ter dezoito seria conquistar o grau máximo de liberdade. Com essa idade eu poderia ter um namorado.Com essa idade, eu até poderia colocar meu desajeitado corpo num vestido. Com essa idade, eu poderia assitir a todos shows, principalmente U2 e Simple Red, Rolling Stones...
Num piscar de olhos, fiz dezoito anos. Foi então que descobri o quanto ainda era infantil para namorar. Eu ainda não gostava de usar vestidos, parecia desajeitada demais dentro deles. Eu tinha vontade de assistir a vários shows. Fazer dezoito não me pareceu em nada com o que eu imaginava. Não foi o máximo.
Quanto à liberdade, quem inventou que ela existe? Eu sabia o que eu queria: Avançar no tempo. Ir para a aeronáutica para ser piloto de caças. E ser logo adulta. Assim eu seria realmente independente.
A melhor coisa em ser adulta? Descobrir que não existe independência porque o tempo é eterno. E o tempo aprisiona. A independência é uma decisão, um estado de espírito. A liberdade, como a concebemos, é uma ilusão, pois não é possível. Sempre seremos ligados à natureza ao redor. Depois do cordão umbilical, os pulmões...Depois dos pais, os filhos...Depois do terreno, o espiritual... Ter liberdade é compreender a perene dependência entre os seres e os tempos e aceitá-la.
Ainda me sinto infantil(sou egoísta) num relacionamento, mas já me sinto mais a vontade dentro de um vestido.
Será preciso romper a dependência com a minha infância e adolescência? Será possível rompê-la? Como cortar uma planta pela raiz e, ainda assim, mantê-la inteira? Agora, nesse corpo e nesse tempo adulto, rememoro a infância e adolescência e percebo que elas ainda estão em mim. Sou uma mistura. Sou uma criança, adolescente, adulta e já um pouco velha.
O tempo sempre escorrega por entre os meus dedos quando tento compreendê-lo. Os dias, as semanas, os anos escpam quando não percebo que estão todos aqui, em mim, simultaneamente. Quando dou por mim, aqui está a infância; quando dou por mim, ainda sou uma adolescente. E enquanto aprendo a ser adula, vou assimilando que alguém inventou dividir a vida em fases. Mas no fundo somos, ao mesmo tempo, tudo o que fomos, o que somos e o que seremos.