Por momentos pensei que estava louca
Comecei a pensar no sentido da vida
No que eu era capaz ou não de fazer
Só porque a vida tem dois sentidos
O do amor e o do ódio
O do fazer ou deixar de fazer
Todo o ódio se pode transformar em raiva
Todo o amor se pode transformar em desilusão
O amor e o ódio movem o mundo
Tudo se transforma em sentimentos ruins
Nós caminhamos na ponte suspensa
Porque a vida é um senão com muitas questões
Reconheço que nós somos todos loucos
Talvez até alucinados
Mas o carácter é importante
Define a personalidade
Molda o estilo único de cada um
Faz com que sejamos todos diferentes
Sendo o objecto de vida capaz de nos mover em sentidos diferentes
Sei que sou capaz de matar
Não sei se por amor ou por raiva
Serão estas características desconhecidas por muitos da minha personalidade
Sei que eu própria não me conheço
Sou um poço de mistério
Mas nesse ponto acho que somos todos iguais
Pareço louca
Mas existem dias assim....
quinta-feira, fevereiro 11
quarta-feira, fevereiro 10
O Céu
O céu é lugar para viver e para assoviar, cantar e morrer. É espaço feito para dar às pessoas um lugar no qual olhar para baixo, vendo todas as outras. É sempre fresco, desperto, claro e frio, pois quando a nuvem cobre o céu ou preenche o lugar onde o céu deveria estar, ele desapareceu. O céu é lugar onde o ar é gelado e a gente o respira, vive-o, desejando-se que fosse possível flutuar, sonhar, correr e brincar por todos os dias da vida. O céu está ali para todos, mas só uns poucos o procuram. É feito, todo ele, de cor, de calor e frio, de oxigênio e folhas de floresta, ar doce, ar salgado, ar cristalino e fresco que nunca foi respirado antes. O céu chia em volta de nós, afagando e zumbindo sobre nossa cabeça e rosto, e entra em nossos olhos, entorpece-nos nas orelhas a friagem que é áspera e clara. Dá para bebê-lo, mastigá-lo, engoli-lo. Dá para arrancar os dedos na passagem do céu e do vento rijo. Ele é nossa própria vida, dentro de nós, por cima de nossa cabeça e por baixo dos pés. Grita-se uma canção e o céu a arranca, retorcendo-a, fazendo-a dar cambalhotas pelo ar líquido e duro. Dá para subir até o alto dele, cair enquanto ele se contorce e irrompe em volta de nós, saltar, usar braços abertos, arranhando o ar com os dentes. Ele segura as estrelas de noite, com tanta força como segura o sol incandescente durante o dia. Nós gritamos, uma gargalhada de alegria, e a batida do vento lá está presente para levar a gargalhada a mil milhas de distância.....
Richard Bach
Richard Bach
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